DIÁLOGOS SOBRE RACISMO

Cleusa Aparecida da Silva

Cleusa Aparecida da Silva, Técnica em Bioquímica, Bióloga, Especialista em Gestão Estratégica de Políticas, Especialista Agroecologia e Ambiente Sustentável Unicamp/Fundação Perseu Abramo, trabalhou mais 30 anos na Prefeitura Municipal de Campinas, na Secretaria Municipal de Saúde – cedida para Instituto Adolfo Lutz, encerrando carreira, na Secretaria Municipal de Cultura. Ativista política, do feminismo negro interseccional contemporâneo, dirigente sindical nos serviços públicos, Coordenadora Administrativa da CASA LAUDELINA de Campos Mello – Organização da Mulher Negra, filiada a Rede Nacional de Organizações de Mulheres Negras Brasileira – “AMNB” e do Levante das Mulheres Brasileiras. Realizando incidência política nas agencias: saúde da população, ampliação da escolaridade EJA e no acesso ao ensino superior impulsionando e coordenando o Cursinho Popular Pré Vestibular para negros e, pessoas de baixa renda, assim como o processo de elaboração, de avaliação, de monitoramento e do controle social das políticas públicas, tendo a defesa do trabalho doméstico descente, como pauta prioritária rememorando LAUDELINA de Campos Mello, que fundou a primeira Associação de Empregadas Domésticas no Brasil 1936 na cidade Santos, SP. Participando ativamente de conferencias nacionais e internacionais do Sistema ONU. 2003 a convite do Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, foi a Brasília sendo primeira Assessora Parlamentar da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial “SEPPIR”, na gestão federal atuou na criação de marco institucional e, políticos como Lei 10.639/03, Comitê Técnico Federal de Saúde da População Negra/MS, da Política Nacional de Atenção Integral de saúde da População Negra, Programa Combate ao Racismo Institucional/MS, Programa Valorização do Trabalho Doméstico MT/OIT entre outras demandas.

Dra. Alessandra Ribeiro

Dra. Alessandra Ribeiro – É Historiadora e Urbanista pela PUC CAMPINAS tendo estudos voltados para Matriz Africana: territórios, memória e representação. É gestora cultural da Casa de Cultura Fazenda Roseira, Mestre e Liderança da Comunidade Jongo Dito Ribeiro em Campinas, Mãe de Santo Umbandista, Coord. da Pós-graduação em Matriz Africana – Lato Sensu – e consultora especializada em estudos sobre gestão cultural de espaços públicos compartilhados e patrimônio cultural imaterial.
Já participou de diversas palestras, debates e apresentações no Brasil, Peru, Moçambique, África do Sul e fez parte de comissões de avaliação e formação em comunidades para projetos voltados para cultura negra e salvaguarda do patrimônio imaterial, cartografia social e cultura da paz e em 2020 foi a 1a mulher negra candidata à Prefeitura de Campinas em 2020 e lançou no mesmo ano o livro Jongo e Ancestralidade na Perspectiva dos Detentores.
Representou o Brasil no CRESPIAL da UNESCO pelo eixo patrimônio imaterial e participou da escrita da segunda carta de Fortaleza para salvaguarda de bens registrados. Atualmente também é pesquisadora do GEPEJA/UNICAMP na linha Matriz Africana e membra do Conselho Consultivo do IPHAN.

Dr. Marcus Vinicius Coelho

Formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Especialização em Educação Motora pela Faculdade de Educação Física da universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Formado em Pedagogia pela Faculdade de Ciências e Letras de Ouro Fino.
Especialização em Gestão Escolar pela Universidade Estadual de Campinas- Unicamp. Especialização em Relações Étnico Raciais pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas -PUC Campinas. Doutorando pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.
Professor de Educação Básica do componente Curricular Educação Física na Prefeitura Municipal de Campinas – 1991- 2003. Professor de Educação Física da Prefeitura Municipal de Vinhedo – 2001 – 2003. Diretor Educacional na Prefeitura Municipal de Campinas – 2003 – 2023. Superior Educacional na Prefeitura Municipal de Campinas 2015- 2016. Representante Regional da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Campinas – Naed Sudoeste.

Ângela Fátima Soligo

Ângela Fátima Soligo é licenciada (1997), mestre e doutora (2001) em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). Atualmente é Docente Colaboradora da Faculdade de Educação da Unicamp, no Departamento de Psicologia Educacional (DEPE), é membro e uma das precursoras do Grupo de Pesquisas DiS-Diferenças e subjetividades em Educação: estudos surdos, do racismo, gênero e infância. No âmbito da Unicamp, é membro da CADER-Comissão Assessora se Diversidade Étnico-racial.
É vice-presidente da ABEP-Associação Brasileira de Ensino de Psicologia; ex-Presidente da ALFEPSI-Associação Latino-americana de Formação e Ensino em Psicologia. Membro do Conselho de Honra da ALFEPSI. Tem experiência de pesquisa e ensino nas áreas de Psicologia e de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: representações sociais, relações raciais e de gênero, formação em psicologia, formação de professores e escola. Dedica-se atualmente ao estudo da Psicologia Africana. Na pós -graduação, é responsável pela disciplina Representações Sociais e Educação: raça e gênero .Em 2012 recebeu o Prêmio de Reconhecimento Docente pela Dedicação ao Ensino de Graduação, concedido pela Universidade Estadual de Campinas; em 2015 recebeu a Medalha Força da Raça, por suas contribuições em prol da educação para as relações étnico-raciais; em 2017 recebeu o diploma de Mérito Darci Ribeiro, concedido pela Câmara Municipal de Campinas, por suas contribuições para a educação do município de Campinas. Em 2018 foi homenageada pelo FENPB-Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira, por suas contribuições para a Psicologia; Em 2023 recebeu a Medalha ALFEPSI, concedida pela Associação Latino-americana de Formação e Ensino de Psicologia, pelas contribuições para o desenvolvimento da Psicologia latino-americana.

Wilson Queiroz

Doutorando em Educação pelo GEPEC – Grupo de Pesquisa em Educação Continuada, UNICAMP 2018, possui graduação em Ciências/Matemática pela Universidade São Francisco (1994); Especialização em Matemática para Professores de Ensino Fundamental e Médio pela Unicamp(2000); professor efetivo III de matemática da rede municipal na cidade de Campinas. Participou como Educador Étnico, do Programa MIPID – Memória e Identidade: Promoção da Igualdade na Diversidade da Secretaria Municipal de Educação (2003 a 2007) para implementação da lei 10639/03, atuando com formação professores, gestores e estudantes. Desenvolve pesquisa e projetos de estudos sobre História da África e pedagogia étnico-racial e ensino de matemática e matemáfrica. Poeta escritor de cordéis. Editor do INFORMAFRICATIVO da EMEF/EJA Oziel Alves Pereira, publicação que trata da temática das Africanidades na educação, cofundador do CONEPPA – Coletivo Negro com Práticas Pedagógicas em Africanidades, professor e membro organizador do curso Educação para as Africanidades: Formação para a Cidadania, UNICAMP-CONEPPA-GEPALE.(2019).. Participou como palestrante na abertura da Trilha Educação Antirracista – Ancestralidades Negras na Diretoria de Ensino Leste – Campinas, São Paulo(2021). Membro divulgador do Prêmio Educar Para Equidade Racial e de Gênero (CEERT).

Professora  Luci Chrispin Pinho Micaela.

Doutoranda na PPGE – UNICAMP; Mestre em Administração e Planejamento. História e Cultura Afro-brasileira – Centro de Estudos Afro-Brasileiro Cândido Mendes – RJ. Bacharel em Ciências Econômicas – PUC/ Campinas. Magistério.

Membro do Grupo de Pesquisa – Gepeja – Grupo de Pesquisa em Educação de Jovens Adultos -UNICAMP. Membro Colaboradora na Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil – OAB Campinas. Membro e colaboradora do Coletivo de Mulheres Negras Teresa de Benguela. Membro da Coordenadora Municipal do Movimento Negro Unificado – MNU Campinas e Membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros – CADARA na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – Secadi – Ministério da Educação.

Professora Maisa Elena Ribeiro.

Psicóloga Social, Mestre em Psicologia (PUCC); Doutoranda em Educação (UNICAMP), Professora e Coordenadora do Núcleo de Educação das Relações Étnico-Raciais do Unisal-Unidade Campinas; Coordenadora do Núcleo Campinas da Associação Brasileira de Ensino em Psicologia (ABEP).

Professora Márcia Lúcia Anacleto de Souza.

Pedagoga, doutora em Educação pela UNICAMP, atualmente Orientadora Pedagógica na Rede Municipal de Campinas. Pesquisadora e formadora nos temas: infâncias negras e quilombolas; relações étnico-raciais, educação e formação de professores.

Professor Huyra Estevão de Araújo.

Graduado em Física, Mestre e Doutor na área de Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos. Desde 2014, é Professor do IFSP. Em 2017-2018 foi Pesquisador Visitante Fulbright na University of South Carolina nos Estados Unidos.  Coordena e atua em Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão nas áreas de Materiais Cerâmicos Avançados, Formação de Professores, Promoção de Equidade de Raça e Gênero em na área de Ciências da Natureza, Tecnologias e Engenharias. Foi parte do comitê gestor do Projeto AFROIF CEERT. Atuou como Consultor Técnico-Pedagógico na construção dos Currículos de Referência da Educação Básica do IFSP entre 2018 e 2021. É atualmente parte da Coordenação do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do IFSP (NEABI-IFSP).

Dr. Elizeu Soares Lopes.

Na Assembleia Legislativa de São Paulo participou da Coordenação das ações para a construção de projetos de Lei relacionados a inclusão social; Coordenação e elaboração de ações estratégicas para a participação na Comissão de Direitos Humanos; Realizou interface e controle de demandas variadas junto ao Executivo. Acompanhamento legislativo em diferentes comissões para elaboração de pareceres para projetos de lei e emendas constitucionais. Foi Ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo Responsável pelas atribuições de controle social e promoção de Direitos Humanos, nos termos da Lei Complementar nº 826, de 20 de junho de 1997.

Desenvolveu o Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo nas Instituições Policiais do Estado de São Paulo, com participação de diversos segmentos da sociedade civil,.com publicação de relatório final em Diário Oficial. Atuou na implementação de estratégias de inovação tecnológica e de aprimoramento das atividades da Ouvidoria e das Forças de Segurança.

Cláudio Aparecido da Silva.

Ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo. Atuou como Coordenador de Políticas para Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo/SP e também como Coordenador do SOS Racismo, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, de 2019 a 2021, serviço da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que acolhe denúncias de crimes raciais.

Sua gestão como Coordenador de Políticas para a Juventude destacou-se por programas como o Juventude Viva, voltado para os territórios mais vulneráveis da cidade, o ingresso da Casa Ângela, para partos humanizados no SUS (Sistema Único de Saúde), enfrentamento à violência obstétrica que atinge majoritariamente meninas negras e periféricas, pesquisa que levantou informações sobre letalidade na cidade de São Paulo nos últimos 10 anos, além da ideia de ser levado ao Papa Francisco o disco dos Racionais MC´s, como um presente da cidade de São Paulo, entre outras.

Foi Secretário Nacional de Combate ao Racismo durante sete anos;
Apesar de ampla vivência em casos de racismo e violência policial, no movimento popular, garante que sua gestão será marcada pelo diálogo, e que fará tudo para que a Ouvidoria seja uma porta para todos: cidadãos e policiais, com suas denúncias, elogios e ideias, e uma ponte com as forças de segurança do estado para uma equilibrada distribuição de justiça e legitimação da atividade da atividade policial.